PlatiGleam na Indonésia: Uma Ponte de Luz entre Portugal e o Mundo

Em 2025, celebram-se os 75 anos de relações diplomáticas entre Portugal e a Indonésia. É uma data carregada de história, marcada por encontros e desencontros que atravessam séculos. Desde o século XVI, com a chegada de Afonso de Albuquerque aos portos do arquipélago, até à forma como palavras portuguesas ainda ecoam no idioma indonésio: meja (mesa), gereja (igreja), bola (bola), mentega (manteiga). De uma ocupação violenta nasceu também uma inesperada proximidade cultural — até na música: o estilo Keroncong, por muitos considerado o “Fado da Indonésia”.

Neste ano simbólico, estou prestes a partir para uma residência artística que marcará um novo capítulo nesta história de encontros: sou o Nelson Ferreira e estarei vários meses na Indonésia, em colaboração com instituições locais e internacionais, a criar a nova série de pinturas PlatiGleam.

Templo de Borobudur (séc. VIII): o maior templo budista do mundo.

O Que São as PlatiGleam?

As PlatiGleam são obras vivas. Não usam pigmento. Não mostram nada — até que a luz incida sobre elas. A beleza nasce na escuridão, quando um feixe de lanterna ou um telemóvel revela reflexos ocultos. São imagens de luz que só existem na presença do olhar ativo.

Nasceram pela primeira vez no silêncio do Mosteiro da Batalha, quando fui lá artista residente em 2022, e têm vindo a crescer em escala e significado. Já foram apresentadas em Daca (Bangladesh), Thuwal (Arábia Saudita), Lucca e Florença (Itália), e em Catmandu (Nepal) e vistas por mais de 300.000 pessoas. Mas agora, pela primeira vez, vão integrar o património UNESCO mais visitado da Indonésia, com dezenas de milhões de visitantes nos próximos anos: os templos milenares de Borobudur, Prambanan e Sewu.

A mesma pintura PlatiGleam: com luz natural, ou com a lanterna do telemóvel acesa.

Porquê este projeto? E porquê agora?

Porque o mundo precisa de escuta. De pontes entre visões do mundo, religiões e culturas. Este projeto não é apenas arte — é diplomacia simbólica, é pedagogia espiritual, é gesto de reconciliação e presença.

Ser o primeiro artista português — e europeu — com uma coleção permanente nestes espaços é um marco histórico. Acredito que serei o artista contemporâneo com maior projeção em número de visitantes físicos nos próximos anos. Este não é um feito pessoal: é um espaço partilhado. É Portugal em diálogo com o mundo. E quero que tu faças parte dele.

Templo de Prambanan (séc. IX): o segundo maior templo hindu do Sudeste Asiático.

Como podes colaborar?

Este projeto está vivo — e precisa de energia humana. Há várias formas de te juntares a mim:

1. Aquisição de Pinturas Originais

Estarei a vender os estudos de Borobudur, Prambanan e Sewu. Servem não só como peças de arte, mas como parte do financiamento direto da residência.

2. Divulgação e Partilha

Partilha este texto. Fala do projeto. Leva-o aos teus círculos, às tuas redes, ao jornal da tua cidade ou à rádio local. Há apoios institucionais que só se concretizam quando o eco se faz ouvir.

3. Ligações a Instituições ou Patrocínios

Se trabalhas em cultura, educação, imprensa ou fundações — ou conheces quem o faça —, põe-me em contacto. Este projeto tem dimensão suficiente para gerar impacto profundo, e cada ligação certa pode abri-lo ainda mais ao mundo.

Sewu (séc. VIII): complexo budista com 249 templos.

Uma Oportunidade Coletiva

Este é um projeto artístico, mas é também um gesto coletivo. Um convite à escuta, à beleza, à diplomacia das ideias e da arte. Os templos de Borobudur, Prambanan, e Sewu são espaços de espiritualidade viva. E as novas pinturas PlatiGleam que lá viverão serão criadas para serem luz em diálogo, tocando milhões de pessoas em silêncio e surpresa.

Levo Portugal. Levo a liberdade. Levo esta assembleia humana.

Queres vir comigo?

Contacta-me. Compra uma pintura. Partilha esta ponte. Liga-me a um museu de renome.

Obrigado,

Nelson Ferreira